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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

10 razões porque a pregação da Palavra deve ser o centro dos nossos cultos.

O reformador francês João Calvino via a pregação do evangelho como o centro da vida e obra da igreja. Ele cria que a pregação era central na igreja porque ela era o modo de Deus salvar o Seu povo, até o ponto dele se considerar também um ouvinte: "Quando eu subo ao púlpito não é para ensinar os outros somente. Eu não me retiro aparte, visto que eu devo ser um estudante, e a Palavra que procede da minha boca deve servir para mim assim como para você, ou ela será o pior para mim. ", dizia ele.

Para Calvino a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.

A luz deste background gostaria de trazer 10 razões porque a pregação das Escrituras deve ocupar o centro do nosso culto:

1- Cristo é exaltado. As Escrituras quando pregadas exaltam o nome do Senhor. É impossível expor a Bíblia sem que o nome do Eterno seja glorificado.

2- O homem é humilhado. A Exposição das Escrituras aponta para o estado de miserabilidade do homem. A pregação da Bíblia revela quem somos, nossas incongruências, idiossincrasias e pecaminosidade, revelando-nos que fora de Cristo todos estão mortos em seus delitos e pecados.

3- Somos reanimados no Senhor. As Escrituras quando pregadas trazem sobre a finitude humana, o poder infinito de um Deus Soberano proporcionando com isso o reascendimento da chama da esperança.

4- Nossa psiquê é envolvida por graça. A Palavra de Deus quando pregada traz remédio para a alma cansada, refrigério para o abatido, alento para o desesperançoso.

5- A Igreja é edificada. Quando a Bíblia é proclamada nossas igrejas são edificadas. A exposição das Escrituras, ao contrário dos movimentos vazios contemporâneos, fazem com que o povo de Cristo cresça no conhecimento do Senhor.

6- Somos protegidos dos erros doutrinários. Calvino costumava dizer que as Escrituras Sagradas é o escudo que nos protege do erro. A Bíblia quando pregada nos traz orientações importantíssimas que se aplicadas em nosso cotidiano nos protegem das heresias e distorções teológicas propagadas pelos falsos profetas.

7- Nos tornamos pessoas mais comprometidas com Cristo. As Escrituras quando pregadas nos desafiam a viver como Cristo viveu. A Bíblia quando proclamada nos leva a desejarmos viver a vida cristã de forma santa, pura e abnegada.

8- Vivemos para a glória de Deus. A Bíblia quando pregada leva-nos a querer viver exclusivamente para a glória de Deus.

9- Ansiamos pela volta do nosso Redentor. As Escrituras quando proclamadas nos levam a ima santa ansiedade pelo glorioso dia em que o Rei dos reis e Senhor dos Senhores voltará para a sua igreja.

10- Somos reavivados. A Bíblia quando pregada reaviva nossa alma, aquece os corações, desperta-nos para oração, desafia-nos a intercessão enchendo nossos corações com o santo desejo de estar continuamente em sua santa presença.

Pense nisso!

Renato Vargens

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A SAÚDE É SUBVERSIVA PORQUE NÃO DÁ LUCRO A NINGUÉM

Óleo virgem de coco: Como fazer em casa


Imagem Wikipedia

1: Obter o leite de coco e coar

Escolhem-se alguns cocos maduros, pesados, com bastante água dentro, que vão ser abertos nos olhinhos com um prego ou sacarrolha, para retirar a água, depois embrulhados numa toalha e partidos a marteladas, ou com um golpe de facão. A água deve ser colhida numa vasilha e coada. Quanto mais água houver dentro do coco, mais úmida estará a polpa, e isso é bom. Percebe-se a quantidade claramente ao chacoalhar o coco - pouca água chacoalha mais.

A tradição é ralar o coco num ralo próprio, que se usa muito no nordeste, e misturá-lo com a própria água que vem dentro, amassando bem e espremendo com as mãos até tudo virar um creme. Algumas receitas recomendam aquecer a água e amassar a mistura até ela esfriar. Isso dá uns 10 minutos.

Mas também se pode bater o coco em pedacinhos com a água no liquidificador, aos poucos, até obter esse creme. E também se pode usar água filtrada ou fervida.

Coar na peneira, no coador de nylon, na gaze, no filó, no pano de fralda. Muita força para espremer tudo até o creme acabar.

O bagaço se reserva para fazer cocada macaroon (aquela com farinha - como se chama em português?), pão de coco ou adubo de planta. É uma fibra natural ótima para os intestinos. Pode ser congelada.

2: Métodos de extração do óleo virgem de coco


A frio

O leite de coco precisa fermentar para que o óleo se separe da água. Isso pode acontecer em climas quentes deixando-o simplesmente descansar numa vasilha coberta durante 48 horas. O óleo vai se separar natualmente da água e dos resíduos. Três camadas de líquido vão se formar: o óleo de coco por cima, a água no meio e um creme fino no fundo.

Retirar o óleo com uma colher ou concha. Filtrá-lo três vezes em pano de fralda dobrado ou filtro de papel para café. Colocar num vidro e tampar bem.

Quando olhado contra a luz, o óleo vai ter uma coloração amarelada. Essa é a cor natural do óleo virgem de coco.

A água que sobra da mistura original pode ser fermentada para virar vinagre. A mistura cremosa pode ser fervida numa panela para expelir mais óleo. Esse óleo extraído com calor pode ser usado para fritar ou para o cabelo.

O óleo virgem de coco pode ser guardando em temperatura ambiente. Validade 2 anos, no mínimo.

Outro método a frio (mais prático)

2 cocos, 3 xícaras de água do próprio coco, picar, bater por 2 ou 3 minutos no liquidificador até a consistência ficar lisa e cremosa. Espremer, colocar o leite de coco numa jarra, cobrir e deixar 48 horas num lugar escuro.

Transferir o líquido para uma garrafa pet de água mineral limpa e deixar em local sombreado cuja temperatura esteja em torno dos 25 graus C. Em 6 a 8 horas o óleo vai se separar do leite.

Ponha a garrafa na geladeira por 3 horas. O óleo vai se solidificar. Deite e corte a garrafa o mais junto possível da linha do óleo. Isso facilita sua retirada. Guarde em vidro de boca larga com tampa. Ele vai ficar líquido se a temperatura ambiente estiver acima de 27 graus.

Extração no fogo à moda de Bali

Coco ralado à mão no ralador de coco; misturar com água quente e amassar com as mãos até esfriar. Espremer com força para soltar po máximo possível de leite. Esta é a primeira prensagem. Mais água quente é adicionada ao coco já espremido e o processo se repete. Três cocos produzem mais ou menos um litro e meio de leite de coco.

O leite de coco é posto num fogo de bom tamanho para ferver alegremente. Duas rodelas de cúrcuma são adicionadas (e removidas uma hora depois). A cúrcuma colore o óleo e quem ensina diz que o mantém "fresco". Provavelmente dá algum sabor também - o que não faz muita diferença, porque em todo prato de Bali que usa óleo de coco a cúrcuma também entra.

Lá pelas tantas a mistura faz espuma, deixe estar. Uma hora depois o óleo começa a aparecer nas beiradas. O mestre borrifa água fria na superfíce fervente e diz que é para drenar melhor o óleo.

A panela sai do fogo depois de mais ou menos uma hora e meia. O líquido está reduzido à metade, a espuma se dissipou e a superfície está coberta por uma camada fina de óleo dourado.

O leite-óleo é passado por um coador de tela ou peneira fina para capturar a espuma e quaisquer pedacinhos de polpa de coco. Volta à panela e descansa para que a matéria sólida do leite de coco assente no fundo.

Cinco minutos depois já se pode retirar o óleo da superfície com uma concha ou cumbuca. Esse óleo vai para uma caçarola de ferro pequena, posta ao fogo por quinze minutos; sai dele borbulhando e espirrando, mas em poucos minutos arrefece e se revela um óleo quase límpido.

Todas as sobras do processo ainda são coadas e espremidas mais uma vez para aproveitar cada gota.

Outro método de extração no fogo


5 cocos médios ou grandes para fazer 1 xícara de óleo. Depois de obter o leite de coco, batendo ou ralando e espremendo, coar e deixar descansar por 24 a 48 horas. O creme e a água vão se separar, a água fica no fundo. Retire o creme com uma escumadeira e ponha numa panela grossa e funda (porque ele espirra quando ferve). Deixe ferver devagarinho em fogo médio ou baixo. Lentamente o óleo aparece por cima. Afaste os resíduos de coco para o lado. O óleo fica mais claro. Vá tirando com uma colher e fervendo até não ter mais nada a retirar.

Observe que as panelas são sempre grossas, de ferro fundido, esmalte ou pedra-sabão, para um cozimento lento. Panelas finas fariam o óleo ferver demais.

Pão de coco usando o bagaço que sobrou

2 xícaras de farinha de trigo bem cheias
1 colherinha (café) de sal
4 colheres (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal derretida, óleo de coco ou azeite de oliva
1 xícara de coco ralado, não muito apertado
2 colheres (sopa) de açúcar branco, cristal ou mascavo
1 xícara de leite de coco diluído meio a meio com água, ou de leite animal

Peneire a farinha, o sal e o fermento numa vasilha
Separadamente misture o coco e o açúcar e junte à farinha
Adicione o leite e a gordura (óleo de coco, azeite ou manteiga)
Amasse por 5 minutos ou até obter um bolo de massa bem aglutinada, oleosa na superfície
Cubra e deixe crescer por 10 minutos
Achate a massa para ela virar uma panqueca gorda, com +- 2,5 cm de altura
Ponha numa assadeira untada e faça furinhos por cima com um garfo para decorar
Asse em forno médio (120 graus C) por 20 minutos ou até dourar. Deixe esfriar para comer.

Óleo de côco está na moda

ÓLEO de CÔCO Extra Virgem Orgânico:
entendendo o que são gorduras saturadas, mono-insaturadas e poli-insaturadas

Este é um artigo de José Luiz Moreira Garcia, Agrônomo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro com Mestrado em Fisiologia e Bioquímica pela Michigan State University – reproduzido aqui com autorização do autor.

Várias pessoas me pediram para escrever algo sobre o Óleo de Côco ou sobre para que serve o Óleo de Coco. Sabem que o Óleo de Coco é bom para a saúde por terem ouvido relato favorável de outras pessoas que já o consumiram. Sabem, também, que nas populações que o consomem tradicionalmente, isto é, lugares como Ilhas Fiji, Filipinas e Ilhas do Pacífico que a incidência de câncer e de outras doenças degenerativas próprias da nossa sociedade atual, como doenças cardiovasculares, etc. é bem menor do que no resto do mundo.

Porém, essas informações esparsas não os convencem da superioridade desse alimento nem da necessidade de o consumirem regularmente e desejam saber mais sobre o assunto. Existe na cabeça da maioria das pessoas, hoje em dia, a idéia conflitante de que as gorduras saturadas não seriam boas para a nossa saúde e tendem a reagir de forma, até certo ponto, cínica quando se deparam com novas informações sobre a nutrição e a saúde que contradizem esse mito já desgastado.

Algumas pessoas até sabem que, se os Triglicérides de Cadeia Média (TCM) do óleo de coco são usados em fórmulas para bebês prematuros, recém nascidos, crianças, idosos, convalescentes, pessoas com comprometimento hepático e até em fórmulas energéticas para atletas, não podem ser ruins para a nossa saúde.

A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares nas Filipinas, país onde o Óleo de Côco e o Côco são largamente consumidos é de 120 pessoas contra 548 no Japão e 814 nos EUA, para cada 100.000 pessoas com idades entre 35 a 74 anos. (2, 5)

Entretanto, alguma coisa parece ainda não se encaixar. Por acaso o Óleo de Coco não é composto de gordura saturada? Gordura saturada não é prejudicial à saúde? As dúvidas crescem ainda mais e aumentam a curiosidade de saberem mais sobre o Óleo de Côco.

Mas, como escrever algo sobre o Óleo de Côco que possui na sua composição principalmente os Ácidos Graxos de Cadeia Média (AGCM) e/ou Triglicérides de Cadeia Média (TCM) sem falar sobre óleos e gorduras de uma maneira geral? Como falar sobre Óleo de Coco e suas propriedades nutritivas excepcionais bem como sobre as suas propriedades medicinais, hoje amplamente comprovadas pela literatura científica, sem falarmos sobre como é organizado o processo de difusão de conhecimento na nossa sociedade atual?

Como comentar sobre Óleo de Côco sem expor a ignorância, desinformação, contradições e má fé daqueles que, por força de lei, são as pessoas indicadas e autorizadas a falar sobre nutrição e saúde não só no Brasil mas também em qualquer parte do mundo, isto é, médicos e nutricionistas?

Dessa forma não me resta outra saída a não ser informar ao meu público leitor como se processam as informações sobre Saúde e Nutrição principalmente no Brasil, doa a quem doer.

Em nosso país, ao contrário de outros países mais desenvolvidos, a classe médica se arvora no direito de dar sempre a ultima palavra sobre quaisquer assuntos relacionados à saúde e nutrição muito embora a sua grade curricular não contemple o estudo aprofundado da nutrição e ciências correlatas. Os médicos na sua grande maioria são profissionais abnegados e importantíssimos e, graças a eles, milhares de vidas preciosas são salvas a cada minuto, entretanto, a sua reconhecida competência, ao que tudo indica, se restringe aos centros cirúrgicos, salas de operação, UTIs, na Medicina Diagnóstica, etc., porque, quando resolvem dar conselhos de saúde as pessoas, o resultado, via de regra, é desastroso.

Assim, alguns médicos se transvertem de nutricionistas quando se auto-denominam “Nutrólogos”, aberração essa, creio, ser exclusiva do Brasil e outros países à espera do verdadeiro desenvolvimento que não pode ser simplesmente medido por PIBs. A sanha monopolizadora da área de Saúde pelos médicos é tal, que, hoje em dia, nem mesmo um simples vidro de Óleo de Fígado de Bacalhau pode ser comprado “sem receita médica” em nosso país, em farmácias de manipulação. Da mesma forma os chamados “Nutricionistas”, se avaliada a sua grade curricular, não passam do que em outros países denomina-se de “Dietistas”, pois formam-se para exercerem tão somente a tarefa de prepararem dietas em hospitais , fábricas, etc.... Devida a sua formação precária que ainda utiliza Tabelas de Composição de Alimentos elaboradas há mais de 50 anos atrás, para sorte nossa, são impedidos de consultar as pessoas visando a melhoria da sua saúde. À sua formação, faltam conhecimentos de Imunologia, Genética, Biologia Molecular, Bioquímica e Farmacologia.

Assim, médicos travestidos de Nutricionistas e auto-denominados “Nutrólogos” e Dietistas alçados a posição de Nutricionistas vão dizendo à população brasileira, que padece tanto de analfabetismo propriamente dito bem como de analfabetismo funcional (que atinge a todas as classes), o que fazer e o que comer, sem que com isso consigam reverter a marcha da maioria das doenças cujas origens estão na forma errada e equivocada de se alimentarem. O que se observa é o aumento do número de mortes devido ao câncer, diabetes, doenças coronarianas e o aumento considerável da incidência de doenças auto-imunes.

Seria o caso de perguntarmos: -“ Se os senhores estão, de fato, falando a verdade, porque é, então, que as doenças insistem em aumentar de incidência e, ao fazerem isso, insistem em os desmentir?” Essas autoridades constituídas que insistem em nos dizer o que fazer e o que comer eu denominei de Ditadores Dietocráticos.

Não é novidade para ninguém que, a maioria dos médicos após terem se formado, são educados e informados pelas empresas farmacêuticas. Isso já foi motivo de reportagem não só no Jornal Folha de São Paulo como também na Band TV. São gastos milhões com esse objetivo, todos os anos. Por outro lado a indústria de óleos vegetais também gasta vultuosas quantias para promover seus produtos, entre eles a famigerada “margarina” com o auxílio não desinteressado de associações de classes médicas ou de nutrição.

Essa tipo de informação prêt-à-porter divulgada pela nossa mídia, de aluguel ou não, nos diz que “óleos vegetais são bons para a saúde enquanto que gorduras animas são ruins para a saúde”. Essa mesma linha de raciocínio deturpado nos informa que ”gorduras saturadas são ruins para a saúde enquanto que gorduras poli-insaturadas seriam boas para a saúde”. Essa noção de que óleos vegetais seriam bons para a saúde humana foi bastante veiculada nas décadas de 60 e 70. Óleos Vegetais poli-insaturados, como Mazola, eram altamente propagandeados como tendo efeito protetor para o coração e as pessoas eram recomendadas a comerem margarina ao invés de manteiga para reduzir o colesterol (sic). Pesquisadores agora acreditam que dietas com níveis elevados de gorduras poli-insaturadas na verdade aumentam a incidência de doenças coronarianas e o que é pior, as gorduras “trans” presentes tanto nos óleos vegetais extraídos a alta pressão e temperatura quanto nas margarinas, também estão implicados na incidência não só de doenças coronarianas como também de câncer.

Infelizmente, a realidade não é tão simples e maniqueísta assim, isto é,“saturada é ruim” e “poli-insaturada é boa”. Para início de conversa, não existe nem óleo e nem gordura que seja 100% saturada ou 100% poli-insaturada (2). Uma gordura 100% saturada teria a consistência de borracha e seria indigerível, enquanto que um óleo que seja 100% poli-insaturado é inexistente na natureza (2).

O hábito muito em voga hoje em dia entre Médicos e Nutricionistas de se referirem a gorduras animais como sendo gorduras saturadas não só deseduca a população como também é pura ignorância. Por exemplo, a gordura de carne vermelha é 54% insaturada, o sebo é 60% insaturado e a gordura de galinha é cerca de 70% insaturada e recebem o rótulo de “saturada” (2).

As gorduras animais foram demonizadas sistematicamente a partir da década de 50, hoje, sabe-se, que para defender, sobretudo aos interesses econômicos dos produtores de soja americanos, pois toda a gordura utilizada no setor de fast food era importada de países tropicais, utilizando-se procedimentos científicos questionáveis e objeto de amplo exame e críticas em livros especializados como o excelente livro do Dr. Uffe Ravnskov, M.D., Ph.D, “ The Cholesterol Myths (8).

Retirei algumas frases desse excelente livro que recomendo a todos:

Você sabia que...

- o colesterol não é um veneno mortal, mas uma substancia vital as células de todos os animais mamíferos?

- que seu corpo produz 3 a 4 vezes mais colesterol do que a quantidade que você ingere ?

- que essa produção aumenta quando você come apenas pequenas quantidades de colesterol e diminui quando você consome grandes quantidades de colesterol ?

- que a dieta “prudente”, baixa em gorduras saturadas e colesterol, não pode diminuir o seu colesterol em mais do que uma pequena porcentagem ?

- que várias das drogas usadas para reduzir o colesterol, denominadas estatinas, são perigosas a sua saúde e podem diminuir a sua expectativa de vida ?

- que você pode se tornar agressivo ou com tendências suicidas se o seu colesterol for muito baixo ?

- que se você consumir muito óleos poli-insaturados você irá envelhecer mais depressa?

- que os ácidos graxos poli-insaturados, aqueles mesmo que são propagandeados para a prevenir acidentes coronarianos, estimulam câncer e infecções em cobaias?

- que excesso de poli-insaturados pode provocar aterosclerose ?

- que mais de 30 pesquisas com mais de 150.000 indivíduos demonstrou que as pessoas que sofreram ataques do coração, não comeram mais gordura saturada ou menos óleos poli-insaturados do que as outras pessoas ?

- que mulheres com mais de 60 anos e colesterol alto vivem mais do que mulheres idosas com colesterol baixo ?

- que todas as informações acima tem sido publicadas na literatura científica há décadas, mas que mesmo assim, essas informações são ignoradas pelos proponentes da dieta baixa em gordura saturada e sistematicamente omitidas do grande público?


Caso os senhores não estejam sabendo dos fatos apresentados acima valeria a pena a leitura desse e de outros livros relacionados no final desse artigo.

Tomo, então, a liberdade de informar aos senhores alguns aspectos importantes relacionados aos óleos e gorduras.

Um pouco de Química não faz mal a ninguém – “Química dos Óleos e Gorduras 101”

Óleos recebem essa denominação por se apresentarem líquidos a temperatura ambiente enquanto que as gorduras se apresentariam na forma sólida, nas mesmas condições. Ambos, óleos e gorduras, são compostos de coleções de moléculas denominadas triglicerídeos ou TGs. Os triglicerídeos são formados por três ácidos graxos ligados a uma molécula de Glicerol.

O que diferencia um óleo e uma gordura da outra é exatamente essa composição ou esse perfil de ácidos graxos que os compõem. A composição de ácidos graxos de um óleo ou de uma gordura é o seu DNA ou se preferirem o seu “RG”. É o que os identifica e os distingue.

Os ácidos graxos, por sua vez, são divididos em três categorias:saturados, mono-insaturados e poli-insaturados. Cada categoria possui vários membros.

Todos os óleos e gorduras são formados pela mistura dessas três categorias, isto, é ácidos graxos saturados, mono-insaturados e poli-insaturados.

Cada um desses ácidos graxos, independentemente de serem saturados, mono-insaturados ou poli-insaturados, afetam o nosso corpo de maneira diferente. Assim, um determinado ácido graxo saturado poderá ter um efeito maléfico sobre a nossa saúde enquanto outro poderá ter um efeito benéfico. Da mesma forma os mono-insaturados. Por exemplo, o azeite de oliva cujo principal ingrediente é o acido graxo mono-insaturado denominado acido oléico é sabidamente benéfico à saúde desde tempos bíblicos. Por outro lado, o ácido erúcico também mono-insaturado é extremamente tóxico ao coração, talvez mais do que qualquer outro acido graxo conhecido. O acido erúcico é um dos componentes do óleo de Colza, planta que recentemente foi rebatizada como “Canola” após ter sido geneticamente manipulada para ter teores de acido erúcico reduzidos, fato este contestado por alguns autores. É por essa razão que até hoje os Estados Unidos não permitem o uso do óleo de Colza (“canola”) em formulas infantis . Não obstante essa disparidade de efeitos no corpo humano, a diferença química entre os acido oléico e o acido erúcico é muito pequena. É preciso tomar muito cuidado, pois a natureza é bastante sutil e não comporta conceitos maniqueístas.

Por outro lado, vários ácidos graxos poli-insaturados também podem causar problemas à saúde, de forma que tentar separar ”ruins” e bons” como “saturados” versus “insaturados” é de um maniqueísmo infantil até hoje nunca visto.

Da mesma forma temos ácidos graxos saturados que são excelentes para a saúde com é o caso do ácido láurico principal componente do óleo de Coco. O ácido láurico, por exemplo, é o acido graxo presente no leite materno.

Portanto, jamais poderemos dizer que tal óleo é bom porque é insaturado e tal óleo é ruim porque é saturado. Para começar, qualquer tipo de óleo é composto de todas as três classes, isto é, mono, poli-insaturados e saturados. Rotular algum tipo de óleo como ” saturado” ou “insaturado” é de uma simplificação tal que beira a ignorância. Infelizmente é esse tipo de informação imprecisa e não verdadeira que tem sido veiculada pelos Ditadores Dietocráticos e pela mídia sensacionalista e, às vezes, venal.

Óleos e gorduras animais possuem, geralmente, os maiores teores de saturados, porém existem exceções como a já citada gordura de galinha. Da mesma forma, os óleos vegetais são predominantemente formados por poli-insaturados, mas também existem exceções como é o caso do Óleo de Côco e do Óleo de Palma.

Nós ouvimos os termos saturado, mono-insaturado e poli-insaturado todo o tempo, mas o que eles realmente significam ?

Os termos saturado, mono-insaturado e poli-insaturado dizem respeito ao grau de saturação, isto é, à quantidade de átomos de hidrogênio presentes nas moléculas de ácidos graxos.

Acidos Graxos são compostos de átomos de carbono, hidrogênio que no final da molécula possuem um grupo ácido também chamado de carboxílico, formado por um átomo de carbono, dois oxigênios e um hidrogênio.

O que diferencia um acido graxo do outro não é apenas o seu grau de saturação, isto é, a quantidade de átomos de hidrogênio mas também o seu tamanho ou número de átomos de carbonos presentes na molécula. Vejam, por exemplo, como esses mesmos ácidos graxos se distribuem nos alimentos.

Ácidos Graxos, tamanho de sua cadeia de carbono e fontes mais comuns


Outro termo que frequentemente ouvimos e que, por estar devidamente demonizado, é tratado como assunto de conversa entre comadres sobre a saúde, são os chamados triglicérides ou triglicerídeos. O que seriam esses compostos? Serviriam apenas para nos atormentar? São totalmente prejudiciais a saúde?

Os Triglicerídeos possuem inúmeras funções dentro do corpo humano, mas talvez a principal delas seja uma das formas de que o corpo dispõe para armazenar energia e levar ácidos graxos, vitaminas lipossolúveis e outros nutrientes lipossolúveis necessários ao nosso funcionamento de um lugar do corpo para o outro. Eles são importantes substratos de síntese mas exercem um importante papel de transportadores dentro do nosso corpo.

Existem certos tipos de gorduras (ácidos graxos) que normalmente não são encontrados na natureza, isto é, os ácidos graxos trans ou gordura trans. São assim chamados porque ao serem submetidos a temperaturas e pressões elevadas sofrem uma mudança na sua configuração espacial, ou seja, continuam a ser a mesma molécula porém com uma arquitetura diferente e inexistente na natureza. O que significa isso para a nossa saúde?

A bem da verdade todas as nossas membranas celulares ( e aqui é sempre bom lembrar que nos somos seres multi celulares) são formadas de substâncias que contém gorduras (ácidos graxos). São substâncias tais como Fosfolipídeos, Colesterol e Glicolipídeos. A membrana celular é o que regula toda a “Economia” celular. Tal qual uma aduana zelosa e incorruptível, é ela que regula o que entra e o que sai da célula. Após milhões de anos de evolução comendo apenas gorduras na forma natural “Cis” ela estaria geneticamente projetada para operar apenas com esse tipo natural de gorduras. Nos últimos 60 anos o corpo humano vem sendo bombardeado com uma infinidade de fontes de gorduras modificadas, as chamadas gorduras trans. Alguns autores acreditam, que essa incorporação gigantesca de gorduras trans nas membranas celulares estaria, de alguma forma, alterando a permeabilidade celular e fazendo com que a célula passe a admitir substâncias que anteriormente não eram admitidas bem como alterando a saída de substâncias indesejáveis ao metabolismo celular. Não é de se admirar, portanto, que hoje a incidência de doenças degenerativas seja infinitamente maior do que quando se consumia gorduras tidas com “ruins”.

Por volta do ano de 1900 eram consumidas quase que exclusivamente gorduras animais ditas saturadas e as doenças coronarianas eram quase inexistentes. O primeiro aparelho de Eletrocardiograma instalado nos Estados Unidos, na famosa Clinica Mayo, era de fabricação alemã. O médico encarregado de operá-lo levava de 20 a 25 dias para encontrar algum paciente que apresentasse alterações e, por isso mesmo, era motivo de chacota entre seus colegas. O que mudou de lá para cá?

A Presidente da Fundação Weston A. Price Foundation, Sally Fallon, me confidenciou que a margarina somente é consumida por seres humanos pelo fato de acreditarem na propaganda mentirosa veiculada pela mídia que vive, todos nós sabemos, das verbas publicitárias. Ela tentou alimentar animais com margarina e todos se recusaram a consumí-la. Nem insetos se sentem atraídos por esse “petisco high tech”. Essa sabedoria intrínseca e instintiva falta aos seres humanos dotados de cérebros supostamente inteligentes.

Os povos Massai e Samburus, que habitam o continente africano são seres esguios e saudáveis que sobrevivem como pastores de gado por milhares e milhares de anos. Eles não têm o stress e nem a pressão competitiva da vida civilizada, mas seu estilo de vida não poderia ser rotulado de “confortável”, pois diariamente têm que caminhar por kilômetros e kilômetros com o seu gado para lhes prover alimento e água. A sua dieta é bastante extremista. De acordo com seu ponto de vista, fibras e vegetais são alimentos das suas vacas. Eles próprios se alimentam basicamente de leite, carne e sangue. (8).

Um Samburu bebe quase um galão ( 3,78 litros) de leite cru (não pasteurizado) por dia que contém mais de 220 gramas de gordura. Eles nunca ouviram falar da “dieta politicamente correta” que evita colesterol e gorduras saturadas. Seu consumo de colesterol é também elevado especialmente nos períodos em que adicionam de 1 a 2 kilos de carne ao dia à sua dieta de leite cru. Já os Massai, por sua vez, bebem “apenas” cerca de 2 litros de leite cru por dia, porém comem mais carne que os Samburu. (8).

Se os conceitos dos Ditadores Dietocráticos que defendem a dieta baixa em gordura e colesterol estivessem corretos, as doenças coronarianas entre os Massai e Samburu deveriam atingir níveis epidêmicos no Kênia. Entretanto, eles não morrem de doenças coronarianas e seus valores de colesterol, que são baixos, representam apenas 50% dos valores de colesterol dos americanos, embora eles pudessem morrer de rir se tomassem conhecimento desses conceitos nutricionais absurdos propalados pelo status-quo acadêmico via mídia desinformada, venal e manipuladora.

Eu poderia encher mais algumas dezenas de páginas com outros excelentes exemplos de estudos populacionais feitos na Europa, Índia e em diversos outros países, mas creio já ter apresentado suficientes argumentos para ilustrar o meu ponto de vista.
Voltando a questão do Óleo de Côco, que os mais exigentes exigem que seja Extra Virgem e Orgânico, após a “Dieta Politicamente Correta” imposta pelos Ditadores Dietocráticos ter caído por terra, os alimentos com gordura saturada de boa qualidade voltaram a fazer parte de uma dieta saudável. Assim, além do Óleo de Côco, a manteiga, o óleo de fígado de bacalhau, e até mesmo a gordura de galinha e em menor quantidade as gorduras de carne e de porco (desde que a pessoa não seja alérgica a carne de porco que é reconhecidamente alergênica) voltaram a ter novamente importância.

O Óleo de Côco tem sido usado de duas maneiras. Internamente e Externamente.

Normalmente recomenda-se de uma a três colheres de sopa por dia para tratar e remediar casos de disfunção tireoidiana como o hipotireoidismo, problemas renais como cálculo renal, diabetes, etc.... Porém, um dos aspectos mais marcantes do Óleo de Côco é que o ácido láurico e o mono laurato, um mono glicerídeo presente no óleo de côco, tem propriedades bactericidas, antifúngicas e anti-virais. Esses aspectos têm sido amplamente estudados pelo Dr. Jon J. Kabara, da Michigan State University. Por essa mesma razão é usado no tratamento de gastrites e úlceras do estomago provocados pela bactéria Helicobacter pylori e no tratamento de varias doenças virais como HIV pois tem havido relato de inúmeras pessoas que conseguiram reduzir a sua carga viral com o uso do Óleo de Côco e/ou Mono Laurato (Lauricidina). A infecção intestinal por Candiba albicans responde bem ao tratamento com Óleo de Côco . A Sindrome do Intestino Irritável também. A Síndrome da Fadiga Crônica é outra doença para a qual a medicina ortodoxa convencional não tem remédio. Pacientes com esse tipo de problema relatam melhoras mesmo porque os Triglicérides de cadeia média presentes no Óleo de Côco são utilizados prontamente e levados ao fígado pela veia porta e entram prontamente no processo de produção de energia. Por esse mesmo motivo é muito utilizado por atletas e maratonistas.

Externamente há quem jure não existir cosmético melhor. De fato, o Óleo de Côco é totalmente absorvido pela pele e promove a regeneração dos tecidos e da pele sendo muito utilizado como protetor solar e/ou sempre que se quer ter um efeito antibiótico devido as propriedades do mono laurato.